Pudiguim: a história de um sonho

quinta-feira, 15 de março de 2018

Martir da Justiça: Marielle Franco


Mais uma voz que cala
mais um corpo tombado
os direitos usurpados
pela barbárie, podridão humanas...

Que teremos
por mais uma semana
algumas horas, minutos eternidade
quando será que esta cidade
sairá dos negros porões da história?

quando teremos, voz e vez
sairemos dessa morbidez
dos precipícios da egolatria
sentimentos enterrados na afazia.

Uma mulher, um pensamento
uma virtude
um corolário de honradez e atitude
executada, sem qualquer ordenamento
sem audiência inaugural
instrução ou conhecimento

apenas à execução
pelo poder, de uma gigante nação
apequenada por usurpadores
sentem-se donos, capatazes
senhores

mas são apenas covardes
desordeiros
matando os sonhos
e muitos brasileiros
Apenas monstros
travestidos de humanos!

Autora: Vânia de Farias
15 de março de 2018,

um dia após Marielle Franco, ser assassinada no Rio.



Vamos falar sobre a morte da vereadora Marielle Franco?
"Até quando mais vão precisar morrer para esta guerra acabar?" Este foi um o profundo questionamento da vereadora, pergunta esta feita somente por alguém que é capaz de sentir na alma a dor do outro. Mal sabia ela, que teria que dar a própria vida por aquilo que acreditava. Esta guerra ao qual estamos acoplados tem feito mais mal do que bem. É hora de parar e pensar novos caminhos. A morte da vereadora é uma triste realidade não por ser mulher, não por ser negra, não por ser vereadora, mas é uma triste realidade porque trata-se da morte de uma pessoa, de uma pessoa que acreditava num mundo melhor. Sua morte hoje é símbolo de que a Paz, a Justiça, a Igualdade, por vezes, consegue-se a duras penas e a custa da vida de muitos. O legado da vereadora não termina com a sua morte, mas renasce com mais força e vigor. Marielle Franco mártir da Justiça. A pergunta que hoje eu me faço: Até quando mais vão precisar morrer para esta guerra acabar?

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