PUDIGUIM:
A história de um garoto novo.
EPISÓDIO I
A história de um garoto novo.
EPISÓDIO II
PERDIDO E SEM
ESPERANÇA
O Trinco da porta começou a mexer
sem parar, era sua mãe. “Pudiguim? Pudiguim cadê você?”. Como a porta não abria
e tendo a certeza que o filho encontrava-se dentro do quarto disse do outro
lado. “O que faz aí, filho? Estou de saída, a ambulância chegou. Ele esta bem,
mas precisa ir ao médico. Foi só um mal estar subto... penso eu. Vamos saia
daí. Sei que foi assustador, mas preciso de você agora.” Porém, por algum
motivo Pudiguim se recusava a sair de baixo da cama. Ali permaneceu e não
importava o que a mãe dizia ou fizesse não ‘arretava’ o pé. “Você vai ficar
bem? Preciso ir! Fica calmo, filho”. Saiu sua mãe assustada com o comportamento
de seu filho. Atravessou a rua e pediu à vizinha que fosse até sua casa para
ficar com Pudiguim, contou toda história e em que situação se encontrava o
menino. O filho da vizinha escutando toda a história correu á frente da mãe
para ver como estava o amigo.
Yakad
era o melhor amigo de Pudiguim, cresceram juntos e compartilharam vários
momentos de alegrias e tristezas. Inclusive a morte do pai de Pudiguim. Yakad
era um jovem branco, de cabelos curtos e claros, extremamente inteligente,
esportista e de uma sabedoria incrível. Era uma das poucas pessoas que davam
ouvidos a Pudiguim e o apoiava em suas imaginações, seus sonhos. Era um amigo
exemplar. Nunca Pudiguim havia escondido algo de seu amigo, tudo a mínima coisa
ele contava, porém os acontecimentos dos últimos dias Pudiguim não fazia
questão de relatar os acontecimentos, não tocava no assunto e nem fazia questão que alguém soubesse
sobre as suas histórias.
Yakad
entrou na casa foi diretamente ao quarto do amigo bateu, chamou, espiou pela
fechadura... Não conseguiu nem ver e nem que o amigo lhe respondesse. Correu para
fora da casa dando uma volta por ela, havia, sob a janela, uma escada que
dava acesso até ela. Era algo para segurança da casa, caso um dia fosse
preciso. Yakad subiu pela escada, balançou um pouco a janela e a mesma
abriu-se. Quando colocou o rosto ficou assustado com o que vira. Olhando para o
amigo que estava aos prantos disse-lhe:
-Tem
um espaço aí para mim? Disse deitando-se ao chão e adentrando abaixo da cama.
Não podia negar que era meio embaraçoso, mas precisava fazer algo. Ficou ali
deitado por uns minutos em silêncio, apenas compartilhando da presença do
amigo, até que ele se acalmasse um pouco.
De repente Pudiguim, interrompeu o silêncio.
-
Estou cansado! Ninguém me deixa ser feliz, não sei para onde correr. Estou
quase desistindo.
“-Desistindo?
Você não acha que a sua felicidade é importante demais para deixar nas mãos dos
outros, principalmente daqueles que não lhe querem muito bem?! A felicidade é
uma conquista, Pudiguim, se não lutar por ela, ninguém lutará por você. Esconder-se
não é a melhor solução. Vem! Deixe-me tirar desta escuridão”. Disse estendendo a
mão ao amigo e puxando-o para fora. Pudiguim não mostrou resistência foi logo
saindo debaixo da cama. Ficaram ali conversando um bom tempo, sentados no chão
mesmo com as costas apoiadas na cama.
Pudiguim
não hesitava em escutar o amigo, ele era muito sábio. Sabia tirar as palavras
certas a cada momento e a cada situação.
-Estou no meu limite amigo. Não sei
o que fazer da vida e nem com estes sentimentos dentro de mim.
-O limite é onde seu coração pode
chegar, você pode ir muito mais longe do que imagina. Pare de sentir medo, de
fugir da realidade e tenho certeza que encontrará uma luz dentro de você, forte
e intensa. Os problemas nunca mudarão, o que tem que mudar é a sua maneira de
enxergar a realidade. Sabe?! As vezes, passamos por um momento difícil e
pensamos que a nossa vida se resume naquela dor. Mas não há dor que dure, você
necessita de força para superar e enfrentar os seus medos.Você pode escolher
viver com medo, ou resolver lutar.
Aquela tarde passou rapidamente, era
noite quando Yakad resolveu ir embora. Um dia todo trancados sem serem
importunados. A mãe de Pudiguim sabia que o amigo conseguiria uma maneira de
ajudar o seu filho. Pois os dois davam-se tão bem que pareciam irmãos. A noite Yakad foi embora, mas não saiu pela
porta, resolveu sair por onde entrou. Abriu a janela e com um olhar penetrante
olhou para Pudiguim e lhe disse:
-Sempre há uma janela aberta por
onde podemos escapar de nossos medos. Só não tenha mais medo!
Quando Yakad saiu de sua casa, Pudiguim
sentiu-se levemente encorajado para enfrentar tudo o que lhe perturbava. De
fato, não estava numa época boa de sua vida, de repente tudo começou a dar
errado: sem amigos, problemas com relacionamentos familiares, transformações em
seu corpo, em seu interior... e o pior de todos os sentimentos: aquela falta do
sentido da vida. Apenas estava vivendo por viver, desejava algo maior. Não
queria ter uma vida comum. Desejava algo a mais. Desceu do quarto afim de comer
um pouco. Quando chegou na parte inferior da casa estava sua mãe sentada à mesa
sozinha, as lágrimas corriam de seus rosto involuntariamente. Pudiguim,
sentiu-se profundamente culpado por aquela situação e seu coração apertou ao
ver sua mãe naquela situação, compadeseu-se de uma tal maneira que as lágrimas
vieram a seus olhos também. Foi em direção a mesa, sentou-se num lugar que sua
havia preparado para ele. Rompeu o silêncio e disse:
-Esta
tudo bem lá no hospital?
A
mãe sem nada responder levanto-se bruscamente foi em sua direção abraçou-o em
lágrimas. Apesar da enorme sensibilidade de Pudiguim ele era meio frio, ficou
meio embaraçado com aquela situação, apesar de estar somente os dois. Foram
dormir. Aquele dia Pudiguim não queria deixar sua mãe só, deitaram-se na sala
de TV e adormeceram com um filme. Ao amanhecer, Pudiguim, foi o primeiro a
despertar. Pudiguim tinha um cabelo encaracolado que chegava até a sua testa
mais ou menos, havia um comprimento bom. Sentou-se no sofá com a costa um pouco
dolorida, olhou para a estante um pouco atordoado, viu algo estranho e
rapidamente voltou o seu olhar para o vidro que era a porta da estante. Olhou, baixou a
cabeça: de novo? Outra mudança? Não aguento mais? O que virá depois?
[…]
to
be
EPISÓDIO I
A TEMPESTADE
Era tarde de domingo, Pudguim,
encontrava-se em seu quarto escondido sob a cama, com as mãos tampando os
ouvidos. Um pouco assustado com os acontecimentos que lhe viam sucedendo nos
últimos dias. Muitas coisas se passavam em sua cabeça: “O que esta acontecendo?
O que é isto que acontece comigo? Irão me odiar por isto! Quando não conseguir
mais controlar, o que irei fazer?” Tudo aconteceu meio que de repente e simultaneamente.
Pudiguim era um rapaz de quatorze anos, prestes a completar quinze, moreno de
1,65, com olhos verdes e cabelo encaracolado. Sua mãe era branca de olhos
azuis, seu pai negro de olhos castanhos. Por isso, Pudiguim tinha traços tão
marcantes.
Na
última segunda-feira ao acordar sentiu o seu corpo mais leve que o de costume,
por alguns minutos durante a noite parece que sentiu o seu corpo flutuar; mas
pensará que era a sonolência. Sentou na beira da cama como de costume até
sentir-se bem para levantar, passou a mão pelo rosto, sentia que estava meio
zonzo – mais do que aquela leve sonolência que geralmente ficamos antes de despertarmos por completo. Mesmo assim, esforçou-se mais do que o habitual para
levantar-se e ir ao toallet. Colocou as mãos no joelhos, tomou um impulso e
foi, tomou a toalha que estava pendurada na porta do guarda roupa – lugar
que sua mãe odiara que ficasse.
Ainda de olhos fechados, passando a
mão pela parede do banheiro ligou o chuveiro e deixou a água escorrer pelo seu
corpo. Pudiguim, não era o tipo de jovem com o corpo perfeito. Era magro, tinha
o corpo um pouco torto, na barriga sobressaia uma saliência. No entanto, possui
uma beleza interior fora do sério. Era amoroso, compreensivo, companheiro,
amigo fiel... nunca se negou a ajudar a uma pessoa que fosse, inclusive àqueles
que lhe fazia tanto mal. Era uma pessoa impar, de uma bondade extrema. Aquele
tipo de pessoa ideal que a sociedade não se interessa. Depois do banho, pegou a
toalha e a passou pelo corpo, começando pela cabeça, passando pelo abdômen
e enfim, os pés. Enrolou a toalha na cintura e foi até a pia para escovar os
dentes. Já estava bastante desperto devido ao banho, mas seu corpo ainda
parecia sonolento-pesado. Pegou a escova passou a pasta e olhou para o espelho, por
alguns minutos ficou paralisado para o que vira, não sabia se gritava, chorava
ou o que fazia. Rapidamente jogou a escova à pia, que por sua vez caiu ao chão,
ligou a torneira e lavou várias vezes o rosto, abrindo e fechando os olhos com
força. Esfregou com a mãos várias vezes os olhos em sentido circular, para ter
certeza que não era uma alucinação. Estava aterrorizado com a transformação de
seu corpo nos últimos dias, agora mais esta, visível a todos, o temor tomou conta de si. A respiração tornou-se
mais frequente, sentia que o coração estava prestes a explodir, pois batia
fortemente e com mais frequência. Seus olhos estavam estranhos, sua pupila
dilatada e o seu olho esverdeado estava com contornos azuis, claros que
chegavam a brilhar. Era algo perceptível um azul cor do céu, que chegava a
brilhar. Nunca havia acontecido isto... não sabia o que se passara durante a
noite.
Por alguns minutos o susto tomou
conto do seu ser. Perplexo pelo que vira diante do espelho. Depois saiu
correndo até a sua mãe, foram ao médico e o mesmo dissera que nunca havia visto
nada parecido, mas que em um primeiro momento não representava perigo uma vez
que em nada danificou sua visão. Ao contrário disto parecia que sua visão
estava mais aguçada. Enxergava melhor do que antes, desde então, abandonou os
ósculos redondos que tanto amava. Depois deste dia os olhos de Pudiguim
ganharam traços marcantes e únicos. Era impossível não notar, todos viam
através dos seus olhos a sua alma. A bondade de Pudiguim ficou como que
estampada em seu rosto adolescente.
A semana passou e tudo parecia
normalizado, nada de extraordinário, além da chatice de sua vida e aquela
estranha sensação de sonolência. Pudiguim não tinha muitos amigos, aliás de
modo geral as pessoas não tem muitos amigos há uma falsa ilusão sobre andar em
grupos; fotos nas redes sociais reforçam a ideia de uma popularidade enganosa,
que na verdade não existe. Pudiguim era alheio a esta realidade, não lhe
importava a quantidade de amigos, mas sim suas qualidades. Em casa a relação
com seu padrasto não era nada natural, era algo forçado. Dizem que certos padrastos
são melhores que os pais, pois criaram e educaram, não era a realidade de
Pudiguim, na realidade, seu padrasto era um estorvo em sua vida.
Logo,
pela manhã no domingo, Pudiguim estava sentado à mesa tomando o seu café com
chocolate – que por sinal era extremamente adocicado. Quando não se deu por
conta sentiu sobre a sua cabeça um tapa forte e uma voz roca dizendo: Moleque
dos diabos, pegou minhas meias? Pudiguim sentiu dentro de si efervescer...
Olhou para o Padrasto com ódio no olhar, nada disse, mas naquele momento tudo o
que era de mal passou sobre a cabeça de Pudiguim...encarou fortemente o seu padrasto,
e a ele mirou o seu olhar furioso por alguns instantes.
De
repente o padrasto mal apoiou as duas mãos sobre a pia. “-Ai, Socorro Pudiguim!
Meu coração, que dor... Pudiguim, Pudiguim, me ajude!” Começou a gritar o
Padastro mal, pois começara a passar muito mal. Pudiguim não conseguia reagir,
somente lhe olhava com aquele olhar sombrio. E o padrasto mal a gritar por
clemência. “–Pudiguim, chame sua mãe. Por favor, corre que não me sinto nada
bem. Estou muito mal. Disse caindo ao chão, quase desfalecido. De repente
aparece a Mãe de Pudiguim na porta da sala, assustada, pouco pode reparar na
cena, saiu correndo para socorrer o padrasto mal. Olhou para Pudiguim e gritou:
“-Filho pegue o telefone! Chame a ambulância, corre!”. Pudiguim, assustado com
a situação nada fez. Saiu correndo e trancou-se no quarto, entrou de baixo da
cama. Fechou os olhos e ali permaneceu por um longo tempo. O assustou porque
sabia que havia algum tipo de ligação entre o mal estar de seu padrasto e ele,
mesmo que ele não conseguia identificar como e porque. Ali permaneceu
trancando. Muitas coisas se passavam em sua cabeça. “O que esta acontecendo? O
que é isto que acontece comigo? Irão me odiar por isto! Quando não conseguir mais
controlar, o que irei fazer?” Ainda estava sobre a cama quando percebeu que o
trinco da porta começou a mexer, alguém queria entrar.
[...]
To
be!
SPOILER
Um pequeno trecho do I capítulo desta série,
será postada aqui neste site dia. Logo! Logo.
É uma história linda!
CONFIRA ESTA HISTÓRIA EOCIONANTE
Se você gosta de emoção, drama, vivências, mágicas... Esta história é para você. Pudiguim será uma série de 5 capitulos escrito para este blog. Espero que vocês gostem! Aguardem! Logo, logo!
SPOLIER: NO FIM TUDO FICA AZUL!
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